A maioria dos partidos de oposição teceram críticas ao executivo atual em matéria de saneamento básico e aos serviços de cuidados de saúde. O PSD garante que está a tentar resolver problemas crónicos do concelho.
A Assembleia Municipal de Castelo de Paiva, realizada esta segunda-feira, dia 18 de agosto, teve como tema central o balanço do mandato autárquico.
A maioria dos partidos de oposição teceram críticas ao executivo atual em matéria de saneamento básico e aos serviços de cuidados de saúde. O PSD garante que está a tentar resolver problemas crónicos do concelho.
“Não há serviço de urgência, não existe alternativa eficaz nem imediata no concelho”, começou por referir Filipe Costa, membro do Partido Socialista. Reconhecendo que este não é um problema apenas de Castelo de Paiva nem de agora, frisou as constantes falhas do Serviço SNS 24 que “não resolve, não encaminha, não dá confiança”. Por esse motivo, realça que seria importante “cumprir as promessas do PSD de há quatro anos”, nomeadamente de trazer o serviço de urgência básica de 24 horas para o município.
Paulo Teixeira, em representação de Um Concelho Para Todos, pediu ao atual executivo, liderado por José Rocha, “mais exigência” face ao governo. Mostrou-se ainda preocupado com a falta de “uma resposta clara na saúde mental, que tanto afecta a população” e criticou a pouca divulgação dos serviços disponíveis na USF Paiva Douro.
Em resposta às críticas, Vanessa Pereira afirmou que o PSD tem vindo a fazer um esforço na resolução do problema mas, a par de outras questões – como as acessibilidades – “têm vindo a falha devido a promessas de vários governos”. Porém, manifestamos a “esperança neste governo” e os possíveis frutos da relação positiva entre o governo e o município de Castelo de Paiva, ainda que seja “difícil abrir uma coisa que se fecha, mas é muito importante lutarmos todos por isso”.
Mencionou ainda que “já tem vindo a ser feito na saúde”, dando destaque à unidade de cuidados à comunidade, consultas descentralizadas de cardiopneumologia, consulta de podologia, programa de Diabetes em Movimento, colocação de DAE (Desfibrilhador Automático Externo) em equipamentos municipais, entre outros.
Para José Rocha, presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, a saúde no município tem feito progressos, mas mostrou-se estar “insatisfeito”. “Enquanto presidente, seja qual for o governo, temos que exigir, há essa necessidade de reivindicar e continuar a luta, e eu nunca baixarei os braços”, afirmou.
Falta de saneamento preocupa oposição
Também ao nível do saneamento, muitas foram as críticas tecidas ao atual executivo. “Temos saneamento a céu aberto em Castelo de Paiva, nomeadamente no Vale da Mota e ao loteamento do Outeiro”, frisou Jorge Quintas, do movimento independente Mudar para Melhor (MPM).
Filipe Costa, do PS, mostrou-se preocupado com a falta de saneamento no concelho e apelou ao município mais intervenção nesta área, assim como a maioria dos membros da oposição.
“O saneamento em baixa tem sido feito”, disse José Rocha, presidente da câmara, mas adiantou que o saneamento em alta não depende apenas do município, ficando a aguardar respostas da CIM Douro. Ricardo Cardoso, presidente da junta de freguesia da Sardoura, pediu que fossem feitas reuniões com a CIM Douro, a autarquia e as juntas de freguesia, para que fosse feita pressão e houvesse resolução dos problemas de saneamento.